sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Tetila defende a valorização
do patrimônio cultural
sul-mato-grossense
O prefeito Laerte Tetila com os professores que publicaram artigos
no livro sobre o patrimônio historio do Mato Grosso do Sul

O prefeito Laerte Tetila participou na noite de sábado, dia 26 de janeiro de 2008, na Casa Arandu, sede da Academia Douradense de Letras (ADL) do coquetel de lançamento do livro: “PATRIMÔNIO CULTURAL DE MATO GROSSO DO SUL: Identidades e Memórias”. O livro contendo 33 trabalhos sobre os aspectos culturais de Mato Grosso do Sul foi escrito por 124 educadores da rede pública e universitários.

Tetila destacou a importância do livro organizado pelo Grupo Literário Arandu e defendeu a valorização do patrimônio cultural sul-mato-grossense para que uma identidade própria do estado seja reafirmada. Para o mestre e historiador regional Carlos Magno Mieres Amarilha, “as atenções para lugares da cultura material como espaço público, entre praças, monumentos, parques, escolas, cemitérios, árvores, Igrejas, hospitais, maternidades, casas, prédios, edifícios, quilombolas, lugares sagrados, a Língua Guarani, a Lingüiça de Maracaju e outros artigos editados neste livro é de suma importância para o engrandecimento da cultura sul-mato-grossense”.

Carlos Magno foi o ministrante do curso realizado de agosto a dezembro do ano passado nas cidades de Dourados e Glória de Dourados. A produção dos 33 artigos foi pré-requisito para o recebimento do certificado de conclusão do curso.

Ainda para Amarilha, “os monumentos representativos da cidade procuram salvar o passado para servir o presente e o futuro. Preserva-se um bem cultural não só pelo seu valor estético, arquitetônico ou histórico.

Ele é preservado se tem significação para a comunidade em que está inserido e se essa preservação possibilita a melhoria da qualidade de vida de seus moradores e contribui para a construção de sua identidade cultural para o exercício da cidadania”.

Para o editor Nicanor Coelho, “o presente livro também auxilia os professores a instrumentalizar no processo ensino aprendizagem os bens culturais do patrimônio cultural de MS, a fim de estimular, nos alunos, o senso de preservação da memória social coletiva, como condição indispensável à construção de uma nova cidadania e identidade plural. Consideramos a escola como um espaço imprescindível no exercício e formação de cidadania de nossas crianças, adolescentes, jovens e alunos do EJA”.

Para o organizador do curso Luciano Serafim, “realizar um curso sobre o Estado de Mato Grosso do Sul não é tarefa fácil, agora publicá-los é muito mais difícil ainda, por isso, mais prazeroso também. Os participantes de uma forma em geral gostam do curso, mas a dedicação em entregar o trabalho para ser publicado é outra coisa, o apego ao projeto é maior, a satisfação de pesquisar não tem preço, por isso, a importância desse livro para a população em geral, o patrimônio cultural de Mato Grosso do Sul tem uma importância capital na memória coletiva da humanidade. A preservação da memória coletiva é a garantia da própria identidade, de podermos reunir tudo o que fomos e fizemos a tudo que somos e fazemos”.

De acordo com Amarilha, é preciso criar arquivos, manter aniversários, celebrar cultos à memória de muitas cidades do interior e da própria capital de MS. Nesse sentido, a preocupação com a preservação do Patrimônio Cultural de Mato Grosso do Sul é uma das metas de primazia do Núcleo de Estudos das Identidades Culturais de Mato Grosso do Sul do Grupo Literário Arandu, por isso, a entidade fomentadora da cultura regional, toma a iniciativa de promover Cursos de Extensão para educadores da rede pública e estudantes universitários, com o objetivo de pesquisar a memória sul-mato-grossense e “resgatar” em parte os bens culturais materiais e imateriais de MS. Igualmente poder divulgar obras de relevância social com olhar crítico das representações das memórias coletivas do sul de MS.

Os 33 trabalhos publicados no livro, há depoimentos sobre a fundação da CAND - Colônia Agrícola Nacional de Dourados, dos distritos de Itahum, da Vila São Pedro, da Vila Vargas, da Vila de Macaúba da região do Guassú, do mesmo modo, há informações sobre a Usina Filinto Muller, do Parque Antenor Martins, do Monumento ao Colono, da Festa da

Lingüiça da cidade de Maracaju, da praça e da Igreja Matriz do município de Naviraí, da cultura material indígena, reivindicação para que a Língua Guarani seja um patrimônio cultural da cidade de Dourados, que o tereré seja igualmente um patrimônio cultural de Mato Grosso do Sul, que o Cine Ouro Branco seja tombado; inúmeros artigos sobre os aspectos históricos e do cotidiano da cidade de Glória de Dourados, da paróquia São José de Itaporã, da Escola Estadual Edwirges Coelho Derzi do município de Deodápolis, da árvore “Pau-de-Óleo” da cidade de Caarapó, do Santuário Nossa Senhora dos Navegantes, do município de Fátima do Sul, entre outros artigos em defesa da literatura, das artes, das ciências, das identidades e memórias de Mato Grosso do Sul.

Redação: Agcom